KI SHIN TAI

TAINÁ JEZLER

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O DOJO KUN


Jinkaku Kanseini Tsuto Murukoto (Carácter)

Makoto No Michyo Mamurokoto (Sinceridade)

Doriuoku No Seishin Oyashinaukoto (Esforço)

Reiguió Omonzurukoto (Etiqueta)

Keki No Yuó Imashimurukoto (Auto-controlo)


Introdução
Se uns perguntam de que se trata, outros já o conhecem e, outros ainda, provavelmente até o dizem no Dojo, no final dos treinos.
O que é realmente importante é entende-lo, praticá-lo e ensiná-lo.
Genericamente trata-se de um conjunto de cinco regras, apontando cada uma delas para sentidos diferentes do comportamento do Karateka.
Estas regras não se destinam apenas a regular a atitude do praticante durante o treino, mas também, durante todos os momentos da sua vida, exterior ao Dojo.
Numa altura em que o Karate é tão mal entendido e tão mal tratado, parece-me ser oportuno abordar este tema.
O Karate não deve ser interpretado apenas como exercício físico, ou uma actividade que se pratica duas ou três vezes por semana, no ginásio lá do bairro, depois do que, tudo se esqueceu e volta a ser como antes.

Jinkaku Kanseini Tsuto Murukoto (Carácter)
Se o Karate é entendido como uma filosofia de vida, significa que as capacidades adquiridas por este método, estilo, permanecem presentes no indivíduo e não apenas quando este se encontra nas melhores condições físicas ou no pico da forma. O verdadeiro Karateka encara uma doença ou uma lesão como um momento ideal para treinar e sentir o Karate.
É debaixo de grandes dificuldades que se desenvolvem grandes qualidades de carácter.
O fundador do Karate - Gishin Funakoshi ensinava: "A finalidade do Karate não reside na vitória ou na derrota, mas sim, no aperfeiçoamento do carácter dos seus praticantes".

Makoto No Michyo Mamurokoto (Sinceridade)
O Homem do Mundo actual tem revelado, não nas palavras contidas no discurso teórico-filosófico acerca das normas por que se diz reger, mas sobretudo no acto concreto da convivência social, uma enorme dificuldade em se abstrair do "parecer" e de valorizar o "ser". Curiosamente, se colocarmos esta questão a qualquer pessoa, ou em qualquer lugar, a resposta é sempre a favor do ser. No entanto, o que se verifica na prática corrente do dia a dia é a hipocrisia do "parecer".
O treino de Karate tem de ser um acto de sinceridade que nos torne humildes nas facilidades e corajosos nas dificuldades. Esta é a única maneira de evoluir em Karate e de entender o "Oss".
A falta de sinceridade evidenciada pelos competidores, produto duma instrução distorcida, aconselhada pelos próprios instrutores, desprovida dos mais elementares princípios do Karate, leva, pouco a pouco, ao abandono da modalidade pelos praticantes que se sentem enganados. Por outro lado promover e divulgar provas desportivas de Karate com muita qualidade, é o mesmo que dizer às pessoas para não praticarem Karate.
Que nos vale exibir o cinto ou a taça do nosso desejo, se uma prática dura e rigorosa do treino, esse adorno sito quem mais nos envergonha.
De que nos vale "parecer" se não conseguimos "ser" ? ...
É para dizermos nos jornais e aos amigos que somos? ...
E a nós o que dizemos ?

Doriuoku No Seishin Oyashinaukoto (Esforço)
O treino de Karate, não obstante de ser um excelente exercício físico, é sobretudo um método de educação do corpo. No entanto, devemos ter sempre presente que não é no corpo que se governa a vida. Nesse sentido assume especial relevo o desenvolvimento do espírito em apelo às capacidades evolutivas - o esforço.
Esta que é a terceira das cinco máximas do Karate, é a que mais frequentemente se interpõe entre o treino e o praticante. Porém, o culto do esforço não terá, em Karate, o mesmo significado que no desporto em geral. Nos desportos tradicionalmente ocidentais, o esforço é uma componente do treino para aquisição da condição física e do rendimento desportivo. Isto significa que, o desportista só vale quando a sua condição física o coloca no pico da forma.
Em Karate, o esforço tem o significado do confronto. É sob as grandes dificuldades que se revelam algumas características do indivíduo, ocultas na sua personalidade, quantas vezes sem ele mesmo as conhecer.
Nas actividades desportivas procura-se que, o esforço para vencer a fadiga apareça o mais tarde possível, ou de preferência que nem se faça sentir. Esta é a forma ideal do "atleta".
No Karate, procura-se o confronto do Karateka com a fadiga. Quantas vezes são revelados métodos científicos para a aquisição da forma?
Este facto é por vezes referido pelos metodólogos do desporto como errado. Eles porém, desconhecem que este é um dos princípios essenciais que caracterizam as artes marciais.

Reiguió Omonzurukoto (Etiqueta)
Sendo o Karate uma modalidade que nos proporciona a aprendizagem de movimento e técnicas de grande poder e eficácia, susceptíveis de provocarem danos quando aplicadas no corpo humano, não se concebe a dispensa da etiqueta e o culto das boas maneiras, como factor regulador nos ímpetos agressivos e violentos. Não sendo assim, o Karate torna-se uma prática rude e rudimentar, à semelhança do que acontece em alguns desportos de competição, com a agravante de que, neste caso, se trata de uma arte marcial, isto é, de movimentos de ataque e defesa.
A confirmar os meus receios, temos a forma grosseira como a competição trata o Karate. Assistir hoje a uma competição de Karate, salvo raras excepções, é um espectáculo decepcionante. A falta de qualidade técnica e ética, invariavelmente de mãos dadas, começa nos competidores alastrando-se até ao público assistente, passando pelos árbitros e pelos instrutores responsáveis pelas acções em disputa. É realmente um mau espectáculo e sobretudo não dignifica a modalidade.

Keki No Yuó Imashimurukoto (Auto-controlo)
Qualquer uma das três disciplinas que compõem o treino de Karate: Kihon, Kata ou Kumite, nos relaciona com as cinco máximas. No entanto, o treino de Kumite confronta-nos não apenas connosco, mas também com o nosso opositor.
Nesta disciplina o praticante é intérprete na encenação de uma luta pela sobrevivência, durante a qual é avaliado e educado, pela exposição do seu instinto natural genérico e cultural.
A sobrevivência é talvez a motivação mais forte no ser humano, causa do empenho e dos exageros a que frequentemente assistimos na sociedade actual. Não raro, actos irreflectidos tomam o lugar da razão e do discernimento, numa clara perda de auto-controlo.
A história das artes marciais está cheia de referências de grandes Mestres, que nos herdaram com os seus pensamentos e actos.
Um dos maiores mestres de Iaido do Séc. XIX, outrora temido Samurai, era conhecido pelo rigor e exigência com que ministrava os treinos aos seus discípulos. Antes de morrer, deixou as suas armas pessoais ao seu aluno mais graduado, juntamente com um livro das suas memorias intitulado: "O melhor e mais valente samurai é aquele que ganha o combate sem ter de desembainhar o sabre".
O fundador do Aikido - Mohrei Ueshiba dizia " O melhor lutador é aquele que mata o combate à nascença." o que equivale a dizer que o combate cessa antes de ter começado.
Esta filosofia de interpretar e cultivar as artes marciais, revela uma forma superior de estar em sociedade e de profundo respeito pela individualidade humana. Só assim compreendemos a razão da saudação ao Dojo quando dele saímos. É o respeito pelo local onde aprendemos, pelos companheiros de treino e pelo "Sensei" e também pelo nosso esforço, através do qual aprendemos a conhecermo-nos melhor.
Não deixemos morrer o Karate...Não matemos o Karate...
Voltemos ao passado. Voltemos ao Karate tradicional...
Voltemos ao DOJO KUN..

KARATE PARA IDOSOS.


Karate melhora a qualidade de vida de idosos

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os factores de risco são vistos como um conjunto de elementos que com o passar do tempo desencadeiam doenças crónico-degenerativas causando danos à saúde e a perda da qualidade de vida principalmente aos seres humanos da terceira idade.
Fazem parte deste conjunto as aptidões físicas, emocionais, profissionais, intelectuais e espirituais, que podem ser administrada de maneira positiva ou negativa, gerando bem-estar geral ou uma saúde negativa associada a riscos de doenças com possibilidade de morte prematura.•
A prática do karate desenvolve hábitos posturais e auxilia no fortalecimento da musculatura. Em pessoas com mais de 60 anos, o fortalecimento muscular contribui para a prevenção da osteoporose, maior flexibilidade diminuindo assim riscos de queda gerando bem estar geral e maior autonomia, além de construir com o passar dos dias a prática do exercício respiratório, responsável pela oxigenação do corpo, trazendo assim longevidade, isto é um expectativa de uma longa vida com prazer e saudável.
Caratê melhora a saúde e a auto-estima dos idosos
Foto: Studio Milton Dória
Praticantes mais idosos de Karatê mostram que nunca é tarde para vestir o quimono e lutar por uma melhor qualidade de vida
Karatê melhora a saúde e a auto-estima dos idosos

Há cerca de dois anos, durante um exame de rotina, Sonia Kawasaki recebeu uma avaliação médica que a deixou bastante assustada. “Um médico me falou que eu estava com início de artrose (doença que causa degeneração de ossos e cartilagens), e com o tempo iria começar a ter dificuldades para andar e subir escadas”, relembra a senhora de 74 anos.

Passado o período do diagnóstico, dona Sonia nem lembra mais das palavras do doutor. E mostra muita facilidade para subir os cerca de 30 degraus.“A metodologia utilizada é a mesma, só diminuímos o ritmo e o número de repetições”,
O curioso é que muitos dos idosos nunca tiveram a oportunidade de praticar um esporte durante a juventude, e só agora começam a conhecer os benefícios que a prática esportiva pode trazer. “Quando era jovem e morava em Nova Friburgo (RJ), o único esporte que pratiquei na vida foi ter desfilado ao lado do ex-presidente Getúlio Vargas”, diverte-se Eliazer Carlos Vidotti, 77.

Ela conta que os filhos e netos deram risada quando souberam que ela iria praticar Karatê. Hoje, a atleta já ostenta a faixa amarela e é o orgulho da família.

Outro fator positivo da prática do esporte é a interação com a sociedade e a família. Dias atrás, os idosos da associação foram fazer uma apresentação em Rolândia e no final deram até autógrafo.

É um ganho para a auto-estima. “Enquanto estou praticando o Karatê, sinto que estou viva. Para quem não tinha perspectiva nem de andar, acho que estou muito bem”, finaliza dona Sonia, um exemplo de que nunca é tarde para vestir o quimono, e começar a lutar por uma melhor qualidade de vida na terceira idade.
Texto: Máxima Comunicação
http://www.planetalondrina.com.br/cont/contFull.asp?categoria=114&nrseq=12621

sábado, 7 de novembro de 2009

KARATE PARA MULHERES




“Elaborada para as mulheres que querem aprender a se defender dos perigos das ruas e ainda de quebra perder uns quilinhos e enxuguar as gordurinhas extras!”

Nos dias de hoje viver em grandes cidades é conviver com a insegurança. É só ler ou assistir aos jornais, que a maior parte das notícias retrata a falta de segurança e a violência que tem aumentado consideravelmente.

Dentre todas essas notícias, as maiores vítimas são as mulheres, já que são alvo fácil e frágil para os meliantes de plantão, que as atacam principalmente em barzinhos e casas noturnas.

Para ajudar a mulher a se defender, a Lembu-Kan, criou uma aula de Karatê Especial para elas.

As aulas abordam exercícios e golpes diferenciados, que ensinam a mulher a se defender e a se portar diante de uma situação de risco.

O intuito da aula é fazer com que a mulher consiga equilibrar o corpo e a mente e, se mantenha sempre em uma postura segura, indicando que a fragilidade deu espaço para golpes de karatê, milimetricamente aprendidos e ensaiados.

As aulas são bem dinâmicas, e por esse motivo, além de toda as vantagens de equilíbrio e segurança que só as artes marciais proporcionam, as aulas de Karatê especiais para mulheres, seguem um programa de queima de caloria e enrijecimento dos músculos.

O Karatê se tornou na KI SHIN TAI, uma alternativa para aquelas mulheres que estão cansadas das monótonas aulas de musculação.

É fato que, após algumas aulas as mulheres já sentem os resultados, ficam mais ágeis, com mais flexibilidade e mais confiantes para encarar os perigos das grandes metrópoles

Com supervisão técnica da professora Tainá Jezler, mestre de karatê 1o. Dan do estilo Shotokan, as aulas de iniciação da Academia ki shin tai são direcionadas para todos os alunos . “A ênfase do trabalho é na base e no fundamento do karatê voltados para a correção. As aulas têm por objetivo promover a saúde e o bem estar físico e mental do praticante. No treinamento rigoroso e disciplinado, o corpo e a mente atuam em conjunto. Através da prática do karatê são adquiridos, de maneira harmoniosa, os meios para o desenvolvimento das habilidades mentais (concentração, auto-controle, auto-conhecimento, estratégias de luta) e físicas (flexibilidade, resistência, reflexo, força, coordenação motora, condicionamento cardiovascular) de cada aluno de acordo com sua faixa etária. O treinamento físico é complementado pelo estudo filosófico e prática meditativa”, explica a professora Adriana Avagliano, que é 3o. Dan Estilo Shotokan.

Diversos trabalhos comprovam que a prática regular de karatê, com freqüência de 3 a 5 dias/semana, intensidade acima de 50% V02 máx, e duração contínua de 60 minutos trazem benefícios cardiovasculares, aumento da capacidade aeróbia e perda de gordura corporal para propósito de emagrecimento (IMAMURA, et al, 1999; SHAW & DEUTSCH, 1982). Proporciona ainda condicionamento muscular (não há ganho de massa muscular, mas de força e definição). Se praticado regularmente (no mínimo 3 vezes por semana), os resultados físicos e técnicos aparecem em cerca de um a dois meses de treinamento.

As variações no gasto calórico ocorrem em função do peso e massa corporal do praticante. Desta forma considerando o tipo de treinamento de karatê (kata, kihon ou kumite), uma mulher que pesa entre 55 a 60 Kg pode gastar em média entre 500 a 700 calorias por hora de aula.

As aulas para iniciante são divididas da seguinte forma:

15 minutos iniciais de aquecimento e alongamento. No aquecimento são realizadas atividades de corrida, corda, agilidade, velocidade, reflexo, etc

30 a 40 minutos de exercícios técnicos de karatê que são divididos em treinamento de kihon, de kata e kumite

Kihon – são as técnicas de fundamento de ataque e defesa, de base e postura

Kata - é uma combinação de movimentos de defesa, contra-ataques e deslocamentos que se desenvolvem segundo ordem e ritmo pré-determinados e que simboliza um combate real contra vários adversários.

Kumite - é o combate dois a dois onde se treina desde luta combinada até luta de forma livre (sem combinar quais golpes serão utilizados, nem qual região será atacada).

5 a 10 minutos finais onde são realizados exercícios de abdominais e dorsais para fortalecimento do Tanden (centro energético do corpo) além de prática meditativa.

O SIGNIFICADO DA COR DAS FAIXAS


Não sei ao certo qual foi a intenção dos mestres em colocarem esta ou aquela cor na seqüência dos Kyus, nem sei qual seria o significado que eles tinham em mente, mas como todos sabem, a faixa simboliza o ciclo de aprendizagem de um praticante nas diferentes etapas de sua carreira e cada cor tem sua própria energia, vibração e atuação.


Além disso, percebe-se que cada estilo possui a sua própria seqüência de cores de faixas que nem sempre coincidem umas com as outras.

Mesmo assim, algumas evidências científicas sugerem que a luz das diversas cores, que entram pelos olhos, podem afetar diretamente o centro das emoções, possuindo assim, queiramos ou não, um significado.
O que se observa mais facilmente é que a cor da faixa vai escurecendo com os anos de dedicação e de prática, até chegar à faixa preta, a qual representa a maioridade técnica do praticante.

Os Kyus são decrescentes, sendo que a faixa marrom é do 1º Kyu, representando que este grau é o 1º discípulo, ou seja, aquele aluno mais próximo do mestre.

É claro que a finalidade prática e primordial da faixa é ajustar o karate-gi para evitar a sua folga excessiva e permitir uma melhor movimentação durante os treinos, mas não creio que as suas cores tenham sido escolhidas aleatoriamente ou de forma tão inconsciente.

Apesar do significado das cores serem diferentes em culturas diferentes, independente ou não de terem sido conscientemente escolhidas, elas podem analogicamente ser usadas para transmitir uma determinada mensagem. Sendo assim e, seguindo a seqüência das cores das faixas no estilo Shotokan, eis a minha interpretação particular:

A FAIXA BRANCA (Shiro Obi) – Sem graduação (Mu Kyu):
Essa é a cor do desprendimento.
O branco reflete todas as cores. A própria cor dessa faixa indica que o seu portador ainda possui a ingenuidade e deve procurar manter a mente limpa. Entretanto, ele tem em potencial, todas as cores das demais faixas posteriores e assim como o fogo está na pedra, cabe a ele, faze-lo brotar através da fricção do treino árduo.
A busca nesse grau é pela purificação e transformação, diante do infinito conhecimento que tem diante de si.Essa faixa nos diz que o iniciante deve buscar a humildade e a imaginação criativa, através da limpeza e da claridade dos pensamentos. É a cor síntese do arco-íris e a mais associada ao sagrado, pois simboliza paz, pureza, perfeição e especialmente o absoluto.
Ela nos diz que devemos buscar a pureza, sinceridade e a verdade; repelindo os pensamentos negativos, procurando elevá-los, para que encontremos o equilíbrio interior, segurança e desenvolvamos o instinto e a memória.
O branco simboliza uma espécie de coringa, para todos os propósitos, é o substituto para qualquer cor, assim como uma tela em branco esperando para ser pintada.

A FAIXA AMARELA (Kiiro Obi) – 6º Kyu (Rokku Kyu):
Assim como um sol que desponta todos os dias, ela significa que é um iniciante ou um recém nascido no Karatê, que com o tempo irá crescendo e fortalecendo-se, até chegar à maturidade que corresponde à faixa preta.
Assim como o sol nascente o conhecimento começa a aflorar para o iniciante. Agora ele pode vislumbrar um pouco da iluminação da descoberta e da realidade do que é o Karatê. Entretanto, assim como o amarelo é uma cor primária, isto é, não pode ser formado pela mistura de outras cores, ele também deve manter-se puro dentro da escola de Karatê que escolheu ainda evitando misturar outras coisas aos conhecimentos que está recebendo para não se confundir dentro da senda do verdadeiro karatê.
Assim como essa cor, essa graduação lhe traz a alegria, a vida, o calor, a força, a glória, o poder mental e representa o descobrimento. Ela lhe desperta novas esperanças no caminho, dando-lhe vivacidade, alegria, desprendimento e leveza. Agora ele deve procurar desinibir-se para desenvolver seu brilho, mas também diminuir a ansiedade e as preocupações, construindo sua confiança, energia e inteligência na solução dos problemas que surgirão.
A cor dessa graduação mostra que o praticante deve reter conhecimentos e desenvolver a luz da sabedoria e da criatividade, e assim como o sol, ela deve trazer a luz para as situações difíceis.
O Amarelo simboliza: criatividade, as idéias, o conhecimento, alegria, juventude e nobreza. Apesar do amarelo estar relacionado ao elemento terra, também é uma cor Yang e representa o descobrimento e a abertura para o conhecimento do Karatê.

A FAIXA VERMELHA (Aka Obi) – 5º Kyu (Go Kyu):
A cor vermelha sugere motivação, atividade e vontade. Ela atrai vida nova e pontos de partida inéditos.
Essa é a cor do fogo, da paixão do entusiasmo e dos impulsos é a cor mais quente, ativa e estimulante. Ainda é uma cor primária que não pode ser formada pela mistura de outras cores, mostrando assim, que o praticante ainda deverá manter-se puro e fiel ao estilo de Karatê que elegeu.
Essa faixa, pela sua vibração, dá mais energia física, mostrando que agora, mais do que nunca é necessária força de vontade para não desistir da conquista dos seus ideais. Persistência, força física, estímulo e poder são seus traços típicos.
Embora o vermelho represente agressividade, perigo, fogo, sangue, paixão, destruição, raiva, guerra, combate e conquista, também simboliza aquilo que deve ser contido pelo seu portador. Esta cor faz com que você se sinta mais vigoroso, expansivo e pronto para avançar adiante em algum sentido evidente. Ela tende a atrair o olhar das pessoas e chamar a atenção. Se você usar vermelho, isso pode indicar que tem ardor e paixão, ferocidade e força. As pessoas que gostam de ação e drama apreciam essa cor. É uma cor de uma energia muito forte e o praticante deve ter o cuidado e a persistência para não se deixar ser vencido por ela e desistir do caminho.Sendo a cor do sangue, o vermelho também está relacionado à vida e à força de uma energia vital máxima. Esta é uma cor Yang.

A FAIXA LARANJA (Daidaiiro obi) – 4º Kyu (Yon Kyu):
Esta é uma cor que é a mistura do vermelho com o amarelo, representado que o conhecimento dos graus anteriores deve estar contido nesta graduação e trazendo as qualidades dessas duas cores. Nos diz que devemos procurar o sucesso no treino diário, agilidade, adaptabilidade, estimulação, atração e plenitude.
Essa cor também simboliza aquilo que o praticante deve buscar: o encorajamento, estimulação, robustez, atração, gentileza, cordialidade e tolerância.
Esta é a cor da comunicação, do calor afetivo, do equilíbrio, da segurança e da confiança. Quem chega nessa faixa deve acreditar que agora tudo é possível, pois essa cor estimula o otimismo, generosidade, entusiasmo e o encorajamento.
A cor laranja mostra ao praticante que ele deve fortalecer as energias e a sua vontade de vencer.A cor laranja está situada entre o elemento fogo e o elemento terra, portanto, carrega um pouco das características dos dois elementos. Também é uma cor Yang.

A FAIXA VERDE (Midori Obi) – 3º Kyu (Sankyu):
O verde é uma cor que representa Esperança e a Fé. É a cor mais harmoniosa e calmante de todas. Ela simboliza harmonia e equilíbrio.
Essa cor, que nos chega depois das cores quentes iniciais, nos dá a impressão de que chegamos a um oásis, depois de atravessar um árduo deserto, mas devemos saber que ainda há mais deserto a vencer.
Ela também representa as energias da natureza, esperança, perseverança, segurança e satisfação; fertilidade. O portador deve procurar desenvolver a sua sensibilidade para se comunicar com a natureza interna e externa a si mesmo.
Significa também a harmonia em que devemos estar com ela, junto com o ar, a água e o fogo, elementos da vida que proporcionam bem-estar ao ser humano.
Essa cor simboliza uma vida nova, a energia, a fertilidade, o crescimento e a saúde. Por outro lado, quando em mau aspecto, mostra um orgulho excessivo, superioridade e arrogância.
O verde é ligado ao elemento madeira e a primavera.
Representa o crescimento, desenvolvimento, natureza e saúde. Também significa a etapa da juventude, estando relacionado a este estado emocional, mostrando, assim, que os conhecimentos ainda não se encontram bem claros ou maduros para os praticantes; ainda lhes falta amadurecer mais e delineá-los melhor.

A FAIXA ROXA OU VIOLETA(Murasaki Obi) – 2º Kyu (Nikyu):
O roxo é uma mistura das cores azul e vermelho.Essa é a cor usada pelos sacerdotes católicos para refletir santidade e humildade.
Ela gera sentimentos como respeito próprio, dignidade e auto-estima.
Esta é uma cor metafísica. É também a cor da alquimia, das transformações e da magia. Ela é vista como a cor da energia cósmica e da inspiração espiritual.
A cor violeta é excelente para purificação e cura dos níveis físico, emocional e mental.
Simboliza: dignidade, devoção, piedade, sinceridade, espiritualidade, purificação e transformação. Quando em mau aspecto determina manias e fanatismo.
Representa o mistério, expressa sensação de individualidade, influenciando emoções e humores, mas também simboliza a dignidade, a inspiração e justiça. Gera tensão, poder, tristeza, piedade, sentimentalidade.
Tendo isso tudo em mente, a cor desta graduação nos indica que devemos encontrar novos caminhos e a elevar nossa intuição espiritual.

A FAIXA MARROM (Chairo Obi)– 1º Kyu (Ichi Kyu):
É a cor da solidificação. Representa a constância, a disciplina, a uniformidade adquirida e a observação das regras mantidas até aqui.Representa a conexão do praticante com o patrono do estilo que lhe foi passado, representado por seus mestres.
Para criar essa cor, você precisa misturar o vermelho com o preto e, portanto, ela tem alguns dos seus atributos. Também representa a autocrítica e a dependência dos mestres para chegar até aqui. Significa que se está completando o processo de amadurecimento, tanto nos conhecimentos técnicos quanto no aspecto mental.
Essa faixa, pela sua cor, emana a impressão de algo maciço denso, compacto.
Sugere segurança e isolamento. Representa também uma poluição que deve sempre ser limpa, através da prática fiel aos princípios do Budô.
Uma pessoa que gosta de vestir-se com marrom por certo é extremamente dedicada e comprometida com seu trabalho, sua família e seus amigos.
A cor marrom gera organização e constância, especialmente nas responsabilidades do cotidiano. As pessoas que gostam de usar essa cor são capazes de ir "à raiz das coisas" e lidar com questões complicadas de forma simples e direta. São pessoas "sensatas".

A FAIXA PRETA (Kuro Obi) – 1º Dan (Sho Dan):
É a junção de todas as cores. Enfim o corpo e a mente chegaram ao final de uma jornada e ao início de outra mais elevada.A faixa na cor preta, representa humildade, autocontrole, maturidade, serenidade, disciplina responsabilidade, dignidade e conhecimento. É a cor do poder, induz a sensação de elegância e sobriedade. Onde o que está fora não entra e o que está dentro não sai.
Observe-se que na maioria das sociedades ocidentais, o preto quase sempre é a cor da morte, do luto e da penitência, mostrando assim, o estado mental, para o mundo, de quem atingiu essa graduação.
Em geral, essa cor é usada por pessoas que rejeitam as regras convencionais ou são regidos por outras normas sociais, como é o caso dos padres ou dos guerreiros que seguem ao Budô.
Essa cor também nos dá uma noção de tradição e responsabilidade.É a ausência de vibração da “não cor” que dá a sensação de proteção ou afastamento.
Por outro lado, absorve, transmuta e devolve as energias negativas, transformadas em positivas.
A meditação nessa cor permite a introspecção, favorece a auto-análise e permite um aprofundamento do indivíduo no seu processo existencial.
Remove obstáculos, vícios e emoções não desejadas. O excesso traz melancolia, depressão, tristeza, confusão, perdas e medo. A cor preta relaciona-se ao elemento água que adapta-se a todas as formas e contorna todos obstáculos é o símbolo do máximo Yin.

CONSELHOS AOS INICIANTES


Os primeiros meses, na faixa branca serão de adaptação, você sentirá alguma dificuldade em executar alguns dos movimentos e posturas. Isso é normal em todos os iniciantes, porém tenha confiança em si mesmo, logo você sentirá grandes transformações em sua disposição geral, se insistir e for persistente.


Praticando com seriedade e procurando entender o verdadeiro espírito do Karatê, você aprenderá técnicas eficazes, testadas por milhares de pessoas em situações reais e conhecerá uma filosofia que influenciará positivamente a sua saúde e seu modo de pensar, que irá desenvolver sua persistência e a sua tenacidade.

Passará por situações em que enfrentará provas e testará sua coragem. Algumas vezes terá que superar a dor física e, às vezes, a dor moral e com isso aprenderá o autocontrole. Assim, conhecendo suas próprias fraquezas, tentará superá-las, mas terá que esperar por respostas que só você mesmo poderá descobrir e isso o ajudará a desenvolver a sua paciência e auto-estima.

Em suas lutas, quando vencido, ou vencedor, exercitará a sua humildade e sua integridade se tornará transparente, pois a virtude não pode ser disfarçada dentro de um Dojô, lugar aonde instintivamente vem à tona aquilo que realmente somos e isto o levará a conhecer a si mesmo, lutando e vencendo principalmente o seu pior inimigo que é você mesmo.

Todos temos um lado mau e preguiçoso e neste período, ele tenderá a manifestar-se. Ele inventará várias desculpas para fazer você abandonar o treino, desde medo de se machucar, problemas físicos, dores musculares, achar maçante, descobrir coisas mais importantes para fazer e tantas outras desculpas. Procurará mesmo fazer você não perceber os benefícios já conseguidos até o presente momento através do seu próprio esforço. Não lute contra ele! Apenas ignore-o!

A persistência, a força de vontade, a disciplina no treinamento e a assiduidade ao trabalho correto, é o segredo para superar-se e obter sucesso nos exames de graduação, assim como nas competições.

Siga os bons exemplos do Dojô, mas não fique preso às comparações. Concentre-se no seu próprio crescimento, porque cada pessoa tem seu próprio ritmo, suas dificuldades e facilidades e nem sempre quem anda mais rápido chega primeiro ao final da jornada.

O karatê é mais do que dar socos e chutes, é um modo ou filosofia de vida. O importante é avançar com dedicação disciplina, lealdade e honradez, isto é fundamental para a sua evolução individual e seu futuro dentro da arte que escolheu.

Exija sempre mais de si mesmo, mas não prenda-se às derrotas ou vitórias passadas ou futuras, só procure desenvolver constantemente a nobreza de espírito, o domínio da agressividade, a modéstia, a lealdade e o respeito para com todas as criaturas, estas são as únicas vitórias que não serão passageiras.

Nunca deixe que o desânimo ou a tristeza lhe vençam, concentre-se nos benefícios que o Karatê lhe proporciona. Neste sentido, além dos benefícios físicos já mencionados, o Karatê também lhe dará uma melhor postura, fortalecerá suas articulações, lhe dará maior elasticidade muscular, aumentará seu equilíbrio físico e emocional, seu poder de concentração mental será potencializado, a sua força de vontade será desenvolvida, diminuirá significativamente a timidez, aumentará seus reflexos e sua segurança. Enfim, o Karatê lhe ajudará a superar a surpresa, a indecisão, a dúvida, o medo e ao cansaço.

O Karatê é uma das mais completas artes marciais, você brevemente sentirá o desenvolvimento de suas qualidades de performance física, tornando-se apto para qualquer atividade que exija força, destreza, agilidade, resistência rapidez de reflexos e calma. Assim se, em algum momento você pensar em desistir, por algum motivo que não seja sua própria saúde, não o faça logo de primeira, seja pontual e sincero consigo mesmo e, ainda que estando impossibilitado de treinar vá visitar o Dojô. NÃO FALTE ÀS AULAS, resista mais tempo e, aí então, poderá tomar uma decisão com mais segurança.

Saiba que no progresso do Karatê não existem atalhos, não existem milagres, você mesmo deverá realizar o milagre em si próprio. O professor lhe dará uma fórmula, mas é você quem realizará a experiência em si mesmo. Após o terceiro ou quarto mês tudo ficará mais fácil e estimulante, e conforme o seu aproveitamento e assiduidade aos treinos você deverá logo ser convidado para realizar o seu primeiro exame de graduação.

Desejo-lhe muita força, saúde e boa sorte nos treinamentos que iremos compartilhar.
Oss!

O QUE É KARATÊ?



Karatê é uma palavra japonesa que significa “mãos vazias”. Um Karateka (praticante de Karatê) utiliza, durante a sua prática as suas armas naturais, como: visão, mãos, braços, corpo, pés, e cérebro.

É uma arte altamente científica, que faz o mais eficaz uso de todas as partes do corpo com finalidades defensivas. O objetivo principal do Karatê é o aperfeiçoamento do caráter de seus praticantes, disciplinando o corpo e a mente através do seu treino.
Além de ser um excelente meio de defesa pessoal, o Karatê constitui uma forma ideal de exercício. Desenvolve a força, a velocidade, a coordenação e o reflexo, e é indicado para efeitos de valor terapêutico.
O Karatê pode ser praticado por quem o desejar, desde crianças até idosos de ambos os sexos.

Mestre Gishin Funakoshi: “No Karatê não existe atitude ofensiva”.
Decorria o mês de Novembro do ano 1868, quando na província de Shuri, Okinawa, nasce prematuramente Gichin Funakoshi.
Aos doze anos Gichin Funakoshi começa a praticar To-De (anterior designação de Karatê) sob a orientação de Yasutsune Azato, recomendado pelo seu avô Tokashiki, que era também médico da família. Funakoshi treinará com muitos outros Mestres tais como Itosu, Matsumura, Higaonna ao mesmo tempo em que vai estudando. Aos vinte anos, obtém o diploma de professor primário e começa a lecionar, sem que lhe tenha sido registrada uma única falta por doença até que abandonou a sua profissão em… 1921, para se dedicar ao ensino e divulgação do “To-De”.
Com o intuído de dar a conhecer cada vez mais esta arte, durante muitos anos conservada no segredo de famílias, Funakoshi faz uma demonstração perante o responsável escolar da sua região e mais tarde apresenta um programa por ele elaborado, para que os alunos de Okinawa possam aprender nas escolas o To-de.

A Marinha Imperial Japonesa também se mostra interessada nestas técnicas até então pouco divulgadas e é também a Gichin Funakoshi que recorrem para usufruírem dos seus ensinamentos.
É organizada então uma equipe de demonstração que percorrerá as diversas províncias de Okinawa, e mais tarde o próprio Funakoshi lidera a primeira demonstração publica de To-De fora de Okinawa, sendo depois convidado para uma demonstração frente ao príncipe herdeiro Eroito.
Todo este esforço e dedicação começam a dar os seus frutos, e no inicio de 1930 são várias as universidades que ensinam o To-De. Gichin Funakoshi pede então ao seu terceiro filho Yoshitaka (Gigo) Funakoshi para auxiliá-lo. Dentre os muitos alunos que Gichin tem, destacam-se Shigeru Egami e Nakayama.

Assumindo cada vez mais o legado de seu pai, Gigo Funakoshi, introduz a esta arte treinamentos, que se manterão até hoje tais como: Ippon Kumite, Ju Ippon Kumite, Ju Kumite e técnicas em que se destacam: Yoko Geri (kekomi e keage). As posições assumidas até então, passam também por sugestão de Gigo a ter uma postura mais baixa, fortalecendo desta forma as pernas.
Um pouco mais livre, Gichin Funakoshi tem tempo para terminar a sua obra e publica “O texto do Mestre” (karaté-do Kyohan). É nesta obra que Funakoshi propõe a alteração de To-de para Karatê-Do (o caminho das mãos vazias).

Estando já o ensinamento do karaté-do profundamente enraizado na província de Okinawa, constrói-se aí então o dojo de Funakoshi. Gichin Funakoshi que além de um grande Mestre, era também conhecido por se retirar com alguma freqüência para um pinhal, onde escrevia os seus poemas inspirado no “shoto” (ondulação dos pinheiros), viu então a sua escola (kan) receber uma tabuleta com o nome – Shotokan – sem duvida uma homenagem dos seus alunos e amigos.

Desagradado com o rumo do karaté-do, Gichin Funakoshi proíbe entre os seus alunos a prática de Jiyu Kumité (ou combate livre), reforçando desta forma que o Karatê não é uma forma de combate ou um esporte violento.

Gichin Funakoshi o grande Mestre, por muitos considerado o pai do Karatê-Do morre a 26 de Abril de 1957. No seu túmulo, situado no templo de Engakuji, pode-se ler gravado no granito preto aquilo por que Gichin Funakoshi lutou – Karatê Ni Sente Nashi – no Karatê não existe atitude ofensiva.

CURIOSIDADES

CURIOSIDADES

O KARATÊ:
O Karate é erroneamente "referido" como japonês porque é uma Arte Marcial que foi "importada" de Okinawa para o Japão.

Atualmente, Okinawa faz parte do Japão, porque Okinawa foi invadida pelos Japoneses em 1609 e oficialmente "anexada" ao território Japonês em 1879, mas o Karate não pertence ao grupo de Artes Marciais tradicionais Japonesas (independentemente dos inúmeros esforços que o mestre Funakoshi tenha feito para alterar esta situação).

AS FAIXAS:
Antigamente as faixas originais de Karate eram diferentes das faixas utilizadas atualmente. Tradicionalmente, as faixas de KARATE originais apresentavam uma listra VERMELHA em toda sua extensão no lugar da listra branca usada nas faixas de Jūdō - e esta listra vermelha era usada para ambos os sexos para diferenciar as faixas de Karate das faixas de Jūdō.

O KARATE-GI:
Não se usa o termo "kimono" em artes marciais o certo é DŌGI ou "-GI", JŪDŌ-GI, KARATE-GI, KEIKO-GI, etc.
KIMONO significa literalmente "coisa de/para vestir":KI - "vestir, usar (roupa)", MONO - "coisa, objeto".

O "Kimono" é a roupa de uso diário no Japão, por isso tal roupa não existe em qualquer arte marcial japonesa.

Dependendo do Kanji utilizado, DŌGI pode ser traduzido da seguinte maneira: DŌGI - Roupa do Caminho, da Via DŌGI - Roupa de movimento, Roupa de treino.

O DŌGI divide-se em três partes: UWAGI - Parte de cima do Karate-gi, casaco. SHITABAKI - Parte de baixo do Karate-gi, calças.

OBI - FAIXA E GRADUAÇÕES:
Quanto à graduação os praticantes de Karate-Dô estão divididos em duas classes: DAN - “Nível” e KYÛ - “Grau”.

A faixa branca, não tem Kyu. Como o faixa branca NUNCA fez um exame, naturalmente, não tem qualquer “grau”.
Para esta situação os japoneses utilizam geralmente dois termos: MUKYÛ - Literalmente “sem grau” SHOSHINSHA - Literalmente “principiante”.
Sendo assim, a faixa branca é, simultaneamente, MUKYÛ e SHOSHINSHA.

HARA e SAIKA-TANDEN:
HARA e SAIKA-TANDEN não são a mesma coisa.
HARA significa simplesmente "abdômen, barriga ou estômago", um termo muito informal e pouco educado e de onde NÃO HÁ ENERGIA que possa ajudar em qualquer técnica a ser feita de forma mais (ou menos) potente.
SAIKA-TANDEN (também conhecido apenas por TANDEN), por outro lado, é o ponto abaixo do umbigo que é o focus para as técnicas de meditação. Aqui SIM há energia envolvida!

Não deve-se usar a palavra HARA quando se referindo à energia e Karate. Ao invés disso, use SAIKA-TANDEN (ou TANDEN).

PRONÚNCIA DE TERMOS JAPONESES:
Por exemplo: UCHI UKE / UCHI MATA são palavras usadas no Karate-Dô e Jûdô respectivamente.
Alguns instrutores dizem: "USHI UKE" / "USHI MATA", mas, no que se refere às pronúncias com palavras com “CH” tem som de “TCH”.

E pior que "USHI" em japonês quer dizer "VACA".
Pronunciando estas palavras desta forma teríamos então "A DEFESA DA VACA" e a "COXA DA VACA" quando na realidade se queria dizer "Utchi Uquê" Defesa interna, "Utchi mata" Interior da coxa.

Outro exemplo: Nas aulas de Karate-Dô é comum ver algum instrutor erradamente fazer referência a GERI-WAZA.

A palavra GERI quando colocada como primeira palavra em uma expressão significa "diarréia". "Técnicas de diarréia" não me parece uma boa idéia a nível de chutes!
O correto é KERI-WAZA - "Técnicas de chutes/pontapés".

A palavra KERI quando vinda em segundo lugar em uma expressão, muda para GERI.
KERI - Chute, pontapé deve ser usada sozinha ou como primeira palavra em uma expressão; MAE-GERI - Chute frontal (na segunda posição de uma expressão).

OUTROS CONCEITOS BÁSICOS:
Em japonês NÃO há artigos (o, a, os, as, um, uma, uns, umas), não há gêneros (masculino ou feminino), nem há plural (”s” no final das palavras).

Algumas pessoas quando escrevem textos sobre Karatê, escrevem “OS KATAS” e outros, também erradamente, contrapõem que o correto seria “AS KATAS”. Ambos estão errados.

Não há palavra plural em japonês. Assim, a palavra “KATAS” não existe! As formas corretas de escrever isto podem ser: OS KATA ou AS KATA, sem o “s” final.

Outra expressão usualmente incorreta é “Mae-geri-ke-age”. Não está correta porque KERI e KE são o mesmo ideograma e, consequentemente, têm a mesma tradução: “Chute”.

Traduzindo-se literalmente a expressão “Mae-geri-ke-age” fica “Frontal, chute, chute, para cima”.
A expressão correta é: MAE-KE-AGE “chute frontal para cima”, o mesmo aplica-se a YOKO-KE-AGE, etc.